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Set 08

 

 

RECORD – Yannick mereceu a chamada à Selecção?
HÉLDER POSTIGA – Mereceu. Pelo que fez na Supertaça e pelo nível que tem exibido. Dei-lhe os parabéns.

R – Desiludiu-o o facto de não ter sido convocado nestes primeiros jogos?
HP – Não. O meu objectivo é estar bem no clube. Quero ajudar a equipa, conquistar o meu espaço e crescer como jogador. Para o seleccionador, os jogadores que ele convocou são os melhores de Portugal e os que lhe dão mais garantias. Cabe-me trabalhar para modificar essa opinião. Não vou ficar revoltado, porque respeito as decisões.

R – A Selecção está num segundo plano?
HP – Neste momento está. Tenho a minha cabeça apenas no Sporting.


R – Mas pensa estar presente no Mundial?
HP – Seria hipócrita se dissesse que não gostava de jogar a Champions para o ano ou não estar numa grande competição.

R – Também sem hipocrisias, sente que tem lugar nesta Selecção?
HP – Neste momento?

R – Sim.
HP – Neste momento acho que preciso de estar melhor a todos os níveis. Preciso de estar bem para ter o meu espaço no Sporting.

R – Que opinião tem de Carlos Queiroz?
HP – Fez bom trabalho nos Sub-20 e com a chamada “Geração de Ouro”. As referências dele são as melhores.

R – E Scolari? Deixa saudades, a si e ao futebol português?
HP – A mim deixa, porque me ajudou imenso. Estaria a mentir se dissesse o contrário. Conseguiu coisas fantásticas para Portugal. Ajudou-nos imenso a crescer no futebol.


«Estava ‘morto’ no FC Porto»

R – O que pensa ter falhado nas suas passagens pelo estrangeiro?
HP – Não considero que tenha falhado no Saint-Etienne e no Panathinaikos. Foram campanhas de recurso. Estava ‘morto’ aqui, no FC Porto. Estive um ano no Saint-Etienne. Depois, cheguei como jogador-chave, com Adriaanse, mas passado uns meses estava na equipa B. No Panathinaikos, a mesma coisa. Mas queriam que eu continuasse e as coisas correram bem. Só no Tottenham, quando tinha 20 anos, é que posso ter falhado, mas lembro que o treinador, Glenn Hoddle, saiu à 6.ª jornada, e foi ele que deu o aval para a minha contratação. David Platt, que o substituiu, era contra as aquisições que ele tinha promovido. Todos os jogadores que estavam nessas circunstâncias, como Kanouté, Dalmat, etc, tinham tratamento diferente.

R – Sente vontade de regressar um dia ao estrangeiro?
HP – No futebol não se sabe o que vai ser o dia de amanhã. Acredito que um dia ainda possa lá voltar. Não é um objectivo. Se estiver feliz num clube, não vou mudar. Se continuar feliz como estou no Sporting neste momento, quero é ficar aqui por muitos anos e ganhar títulos.

«Se há coisa que não gosto de comentar é a arbitragem»

R – O Sporting tem sido crítico com a arbitragem. Tem razões de queixa?
HP – Se há coisa que não gosto de comentar é a arbitragem. Todos erramos. Mas não é fácil estar dentro de campo e acontecer um caso como aquele do Polga, no jogo com o Trofense. Como jogador, fico revoltado. Depois, mais a frio, tem de se pensar que o árbitro não fez por mal. É isso que quero pensar. Temos de ser mais frios na análise aos árbitros.

R – Sente que existe hostilidade com o Sporting? Há diferenças, por exemplo, em relação ao FC Porto?
HP – Não. Acho que nenhum árbitro tem esse tratamento diferenciado. Podem é simpatizar mais com um jogador ou com outro.

«Há quem não me possa ver nem pintado de ouro»

R – Um jogador vive do carinho dos adeptos?
HP – Quando se vai ao teatro e não se aplaude o actor, ele fica a pensar que não vale nada. Passa-se o mesmo com um jogador, se vai ao estádio e não recebe aplausos, se não sente o incentivo e o carinho das pessoas. Quem disser o contrário está a mentir.

R – E como é o público do “teatro” de Alvalade?
HP – Até agora não tenho motivos de queixa. A acústica do estádio também é boa [risos]...

R – Como pensa que vai ser recebido pelos adeptos do FC Porto quando jogar no Dragão?
HP – Não faço a mínima ideia. Sei que há muitas pessoas do FC Porto que gostam de mim, disso não duvido. Mas também sei que há outras que me detestam. Há gente que não me pode ver nem pintado de ouro. São os que me chamam arrogante e vaidoso.

«Quando posso ainda vou à pesca»

R – O seu irmão José já fez férias na Academia. O Sporting é o clube ideal para ele?
HP – Penso que sim. A Academia tem excelentes condições para os miúdos. Já lhe dei conselhos e disse-lhe que esta vida não é fácil. Eu tive a sorte de me tornar profissional de futebol, mas vivi para ele entre os 12 e os 18 anos. Não saía ao sábado à noite, fui perdendo os meus amigos de Vila do Conde, perdi muitas vezes a presença dos meus pais para oferecer tudo ao futebol.

R – Teve de deixar de estudar?
HP – Aos 15 anos. Não conseguia conciliar os estudos com o futebol. Nesse ano reprovei por faltas, porque estive num Campeonato da Europa de Sub-16 na República Checa. Estava no 10.º ano. Ajudava o meu pai durante o dia e à noite ia treinar.

R – O que recorda dos tempos em que ajudava o seu pai na faina?
HP – Ajudava-o lá nas redes do armazém e depois ia treinar. Tenho saudades desses tempos, porque adoro o mar, a pesca e vivia tudo isso com muita intensidade.

R – A pesca é ainda um passatempo?
HP – Adoro pesca de mar e quando posso aproveito. Se não fosse futebolista, o mais certo era ser pescador. Numa família e numa cidade de pescadores, não há muitas outras opções.

R – Conta-se que um dia apanhou com o seu pai mil cabazes de sardinha. É verdade?
HP – Lembro-me que tinha uns 7 anos. Fui para o mar com o meu pai e passámos um daqueles dias memoráveis. Enchemos o barco de sardinhas.

«Admiro Michael Jordan»

Tatuagens. “Tenho. De pessoas de quem gosto muito.”
Fé. “Benzo-me antes dos jogos. Sou cristão.”
Número 23. “Para mim, é mágico. Era o mesmo de Michael Jordan [ex-basquetebolista, da NBA]. Admiro-o. Ele é, se não o melhor, um dos melhores desportistas de sempre.”
Ídolo. “Van Basten. Nele, admirava tudo. A elegância… Não mudava nem as unhas.”
Referência. “Ibrahimovic roça a perfeição, é fantástico. Considero-o muito parecido com Van Basten.”
“O Carteiro”. “No Tottenham tinha essa alcunha [Postman] porque na pré-época fui o melhor marcador e fiz várias assistências.”
Apito Final. “Não percebo nada disso.”
Penálti “à Panenka”. “Se repetia? É melhor não dizer nada porque podem ficar atentos.”
Cidade. Vila do Conde
País. Portugal
Destino de férias. Grécia
Comida. Tripas, bacalhau, rojões, cozido... “Sou bom garfo e no Norte come-se muito bem. É o único senão de Lisboa.”
Bebida. Água mineral sem gás
Outros desportos. Ténis
Carro. Mercedes SL
Jornais. “Se os tiver na Academia, leio. As notas negativas? Já liguei mais. Há muitos interesses por detrás disso.”
Filmes. Cinderella Man e Em Busca da Felicidade
Música. Mariza, U2

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publicado por Maria às 15:26

comentário:
Olá Companheiros do Postiga The Best


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fcporto.planetaportugal.com a 25 de Setembro de 2008 às 01:34

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