Ainda sem o novo treinador as atenções do primeiro treino do FC Porto para preparar a Supertaça Cândido de Oliveira centraram-se em Hélder Postiga. O bom filho retornou a casa quase um ano depois de ter sido votado ao ostracismo por Co Adriaanse. O holandês já não mora no Dragão e o avançado viu a passadeira vermelha (ou azul no caso) estendida e a porta do regresso escancarada. Ontem, foi o primeiro dia do resto da carreira do internacional português. Perfeitamente integrado, afinal as caras que encontrou no balneário eram quase todas conhecidas, Hélder Postiga treinou sem qualquer limitação, embora tenha sido sujeito a trabalho específico por ainda estar a iniciar a época. Por ainda não ter ritmo competitivo, o mais certo é que não seja chamado para o jogo com o Setúbal. Porém, a reintegração no plantel, depois de Co Adriaanse o ter dispensado, aumenta as soluções ofensivas dos azuis e brancos, numa altura em que Adriano e Lisandro eram os únicos avançados disponíveis já que Sokota e Bruno Moraes estão entregues aos cuidados do departamento médico.
23 nas costas
Nem 10, que até já estava ocupado por Anderson, nem 41. Para esquecer os momentos menos felizes vividos no FC Porto, Hélder Postiga escolheu a camisola com o 23, o mesmo número que usou no Mundial da Alemanha, para esta nova etapa no plantel do campeão nacional. O avançado pretende reafirmar-se no campeonato português e por isso escolheu um número que é funciona como amuleto e lhe traz boas recordações. Foi com o 23 nas costas que participou no Mundial e no Europeu realizado em Portugal, onde foi sempre a primeira opção para substituir Pauleta na posição de ponta-de-lança. Com o adeus do açor à selecção, Hélder Postiga quer fazer uma boa época para continuar a merecer a confiança de Luiz Felipe Scolari na qualificação para o Europeu de 2008.