Nos dragões, Jesualdo Ferreira aproveitou este amigável muito sério para tirar dúvidas sobre atletas em situação incómoda no desenho do novo plantel e ficou, por certo, muito feliz com o que viu.
Fernando, Tarik Sektioui e Hélder Postiga, por exemplo, foram titulares (Bosingwa, Bruno Alves, Lisandro e Quaresma, já para não falar de Helton e Lucho, não foram convocados). Ironia das ironias, os três golos da vitória azul e branca foram apontados por Hélder Postiga e Tarik Sektioui, com o marroquino a bisar e a assumir-se como o melhor em campo.
E agora professor Jesualdo?
Como gerir tanta qualidade?
Que destino reservar a dois dos melhores elementos do F.C. Porto na quente noite do Bessa?
Dar-se-á o técnico ao luxo de prescindir do ponta-de-lança que mais golos fez até agora na pré-temporada?
E o marroquino?
A disponibilidade imensa que possui e a vontade que demonstra serão suficientes para salvá-lo do «cepo»? As respostas deixam de ser lineares e redutoras após este dérbi.
Postiga, prova de qualidade
No primeiro tempo o F.C. Porto actuou no 4x3x3 exibido em grande parte da última época. Malgrado a aposta em figuras de segundo plano, os dragões estiveram sempre um patamar acima do Boavista no que à qualidade de jogo diz respeito. O golo de Hélder Postiga aos 23 minutos, nascido de um excelente trabalho do debutante Mariano Gonzalez, impunha inegável justiça ao marcador.
Por esta altura, o Boavista sobrevivia essencialmente através do «pulmão» de Diakité. Mas aos axadrezados falta ainda muita coisa. Chegou a ser confrangedor o primeiro tempo da equipa de Jaime Pacheco. Sem ritmo, sem inspiração, sem alas que dessem profundidade ao 4x3x3 (Laionel foi uma decepção), a baliza de Nuno esteve sempre longe de ser incomodada.
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