Um tiro de Hélder Postiga, a cerca de 30 metros da baliza, garantiu a vitória de Portugal por 1-2, este sábado, em casa de Bélgica, em jogo do Grupo A do apuramento para o Euro 2008.
O avançado do F.C. Porto foi titular na equipa lusa e, depois de ter estado muito perto de festejar em duas ocasiões, primeiro numa cabeçada e mais tarde num remate cruzado, rubricou o momento mais espectacular do desafio, ao marcar um golaço de pé direito, numa altura em que a partida registava um empate a um golo (64m).
"Se estiver no banco não posso marcar golos"
Hélder Postiga reecontrou o caminho dos golos ao serviço da selecção, na qual também voltou a conhecer a titularidade e mais um prova de confiança por parte de Scolari. Terá o jogador do F. C. Porto qualquer química especial com a camisola das quinas. "Química é jogar e estar em campo. Só posso marcar golos se estiver em campo. No Porto não marco porque, no banco não há química nenhuma", observa o autor do golo da vitória portuguesa em Bruxelas.
E que golo, o apontado por Postiga. O próprio confessou-se algo surpreendido "Foi um bocado estranho. A bola seguiu uma trajectória invulgar e enganou o guarda-redes. É claro que queria chutar e marcar, tive espaço para isso e não hesitei, mas também é preciso ter sorte".
A sorte a que o avançado português se refere foi a que faltou noutras alturas do desafio para fazer crescer o marcador, mas Postiga tem outra análise "É verdade que podíamos ter marcados mais golos, sobretudo na primeira parte, mas também é preciso ver que do outro lado estava um bom guarda-redes, que fez boas defesas".
Para Postiga, o importante foi mesmo ganhar os três pontos, como pedia Scolari, o que, na ideia o avançado portista, abre boas perspectivas à selecção. "Este jogo era muito importante. Tínhamos de ganhar e ganhámos. Foi um vitória importante, até porque foi conseguida no terreno de um concorrente que lutava pela qualificação. Assim, foi mais um adversário que ficou pelo caminho", afirmou Postiga.
O avançado português felicita-se ainda mais por a selecção ter ganho mesmo com a ausência de grandes craques, como Cristiano Ronaldo, Simão ou Ricardo Carvalho e verifica a ascensão de novos valores na selecção, ainda elegíveis para os sub-21. "Eles são jovens, mas são já valores seguros do nosso futebol e maior parte deles são jogadores da mesma geração, já conhecidos. Daí que a integração deles tenha sido fácil", afirma Postiga, que augura aos mais novos (Moutinho, Almeida, Antunes e Nani) uma boa campanha no Europeu de sub-21.
( texto Jornal de Notícias )
If you speak English click in the flag